quarta-feira, 30 de setembro de 2009



ABVR
Associação Beneficente e Voluntária Renascer



Organização Não Governamental – ONG,

Especializada em Dependência Química.


Superintendência:


Plantão: (53) 9951.2892
www.renascerbage.blogspot.com/




Atendimento à pacientes e familiares, de todo o Brasil, pela Internet (E-mail/MSN): renascerlinhadavida@hotmail.com





1999 / 2011
12 Anos de Atividades Ininterruptas,

com Atuações em Bagé e Pelotas/RS


Projetos internos no momento em fase de estudos,

planejamento, organização, implantação ou

execução ativa.

Listagem parcial:

Projeto 1: Repensando a ABVR;

• Projeto 2: Reestruturação, Qualificação e Desenvolvimento, para os próximos 10 anos;

• Projeto 3: ABVR - Comunicação 2011 (Folder 12 anos, Blog, Orkut,

Boletim do Colaborador e Jornal da ABVR);

• Projeto 4: Renovação;

• Projeto 5: Novos Voluntários;

. Projeto 6: Memorial da ABVR;

• Projeto 7: Conhecendo Nossos Colaboradores;

• Projeto 8: Apoio técnico a projetos da comunidade.


Conheça todos os nossos projetos, acessando:


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Como Nasceu a ABVR...

Certa vez recebi um cartão de visita e um convite para conhecer um grupo de mútua-ajuda. Foi em novembro de l999. O grupo funcionava à tarde no auditório do PAM I (térreo do INSS). Não era grupo de AA (Alcoólicos Anônimos), nem mesmo de NA (Narcóticos Anônimos), era apenas um grupo de alcoolistas que reunia-se 3 (três) vezes por semana, apoiados pelos serviços profissionais do médico, Heitor Mércio (Dr.Mércinho), e, voluntários do amigo, Sr. Argeu Azambuja (infelizmente, este último, falecido - uma grande perda para a comunidade). Os 2 (dois) trabalharam aproximadamente 20 (vinte) anos, ajudando alcoolistas e suas famílias. Naquela época (1999) mantive uma conversa com o Dr. Mércio, que me falou a respeito das dificuldades que os membros do grupo e suas desesperadas famílias, enfrentavam, para conseguir leitos, para desintoxicação e tratamento da síndrome de abstinência, nos hospitais locais. Principalmente pelas questões, cultural e moral, relacionadas a dependência do álcool e também pela falta de conhecimentos científicos, pelos próprios profissionais e trabalhadores da área da saúde. Fiquei interessado em ajudar e discutimos o assunto várias vezes. Resolvi então chamar para mim a responsabilidade de organizar um projeto - com os conhecimentos que tinha a respeito do problema, adquiridos através do trabalho voluntário em grupos de mútua-ajuda, anexos, respectivamente, à Cruz Vermelha Internacional e à Clínica Pinel, ambas em Porto Alegre - não só para alcoolismo, mas também para outras dependências químicas; projeto esse que não fosse apenas mútua-ajuda, bem mais amplo, com atuação em várias áreas: tratamento individual personalizado para álcool e outras drogas, específico para cada caso; prevenção; inserção social e cultural; profissionalização dos pacientes; mobilização da comunidade; disseminação de informações e conhecimentos científicos; capacitação de profissionais e formação de multiplicadores, enfim, um projeto arrojado (que muitos duvidaram ser possível na prática). Não tinha nada a perder e somente a ganhar (o bem das pessoas), então, fui em frente. Na seqüência o Dr. Mércio, com o qual o projeto deu seus primeiros passos - por questões particulares - não pôde seguir conosco. Continuei no propósito e recebi apoio moral na época do ex-colega - dos tempos do colégio Auxiliadora - e amigo Sérgio Roberto Dias (empresário da área rural) e de outras pessoas; algumas estão conosco até hoje. Mais adiante, precisamente 4 (quatro) meses após, tive a honra de conhecer o Dr. José Brasil Teixeira Filho, médico neurologista / neurocirurgião, que na época, além dos seus serviços médicos, também disponibilizou - como diretor do centro Mathilde Fayad - a infra-estrutura necessária para o início das nossas atividades. Juntos iniciamos o “Projeto Renascer”, com apoio da psicóloga Andréia Rosa e da assistente social Márcia Valinhas, todos os 3 (três), na época, profissionais do Centro Mathilde Fayad, onde o Projeto Renascer começou através de um convênio com a Prefeitura Municipal de Bagé. Mais tarde passamos à Clínica Brasil na Rua Gomes Carneiro, 1251 - lá, juntou-se a nós, o Dr. Ronaldo Carvalho, médico clínico geral, também com vasta experiência no tratamento hospitalar de alcoolistas. Desde o início do projeto, contamos também com a colaboração de uma voluntária paulista, na época estudante da URCAMP, hoje psicóloga: Jumára Lourenço - incansável no atendimento dos pacientes. Lembro que na época o trabalho era pesado. Em um mesmo dia, trabalhamos 23 (vinte e três ) horas, ininterruptas, pela associação. Não era fácil administrar as carências e dificuldades que apareciam; principalmente a falta de recursos à continuidade da entidade (a demanda aumentava a cada dia de forma geométrica) e a desestrutura social, econômica e profissional dos pacientes e de suas famílias. A maioria não tinha mais nada na vida ou muito pouca coisa. Tínhamos que providenciar tudo. Mas, conseguimos bons resultados - no início modestos - mas conseguimos. Fomos ganhando com o tempo mais experiência - inclusive com os próprios pacientes - e buscando novas alternativas, novos métodos; até chegarmos no ideal e nos resultados positivos que alcançamos ao longo do tempo. Dá para dizer que estamos cumprindo nossos objetivos e metas traçadas. Às vezes tranca aqui... às vezes temos que parar ali... retirar pedras do caminho na hora do descanso... mas, enfim, chegamos aos 12 (doze) anos e hoje tem muitas e muitas pessoas felizes por aí, muitas famílias que conseguiram sair do inferno e vivem, agora, em paz. A toda hora encontro pacientes e familiares contentes na rua. Pessoas que reescreveram suas existências e reconstruíram suas famílias. Não tem maior alegria e satisfação. Sempre ganhamos um largo sorriso de cada um, não importa onde estejam. É gratificante...valeu a pena!
Agradeço...a todos... que colaboraram, para que esse projeto chegasse aos 12 anos de contribuições à nossa sociedade!
Ivo Pereira*

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

ABVR / RENASCER...12 Anos de Atividades

Realizações e participações da Associação Beneficente e Voluntária Renascer - ABVR, nos seus 12 anos de atividades.
Ano de 1999
– Primeiros contatos, durante o mês de novembro, para criação de - inicialmente - um projeto que colaborasse no tratamento de usuários nocivos ou dependentes de álcool, tendo como objetivo o apoio, para que os mesmos tivessem internação hospitalar assegurada nos hospitais de Bagé, pelo sistema único de saúde (SUS). Até então, em Bagé, a síndrome da dependência alcoólica, mesmo entre profissionais da saúde, sempre ficava em plano inferior e negligenciada em sua importância, por questões culturais e até mesmo desconhecimento científico. Reuniões entre pessoas e profissionais liberais da comunidade foram proporcionadas no posto de atendimento médico - PAM I, da secretaria municipal da saúde de Bagé (prédio térreo do INSS), por iniciativa do Consultor em Dependência Química, Ivo Pereira, com o apoio do médico Luiz Heitor Mércio (Dr. Mercinho), do Sr. Argeu Azambuja (coordenador na época do grupo AL-ANON) e do empresário da área rural, Sr. Sérgio Dias. Dessa necessidade e iniciativa, nasceu um esboço do PROJETO RENASCER, que, não só teria a missão de tratar alcoolistas, mas também, usuários de drogas em geral (álcool, nicotina, maconha, cocaína/crack, opióides, medicamentos e substâncias controladas). O projeto também previa a prevenção do uso de substâncias psicoativas nos três níveis: primária, secundária e terciária; além da sensibilização dos diversos segmentos da comunidade sobre o tema álcool e outras drogas.
Ano de 2000
– O “projeto renascer” começa a sair do papel. Surge então a Associação Beneficente e Voluntária Renascer – ABVR, legalizada como ONG em 24.04.2000, instituição privada, sem fins lucrativos, que, inicialmente, mediava as relações dos pacientes e familiares envolvidos com questões relacionadas ao álcool e outras drogas, com o Centro Mathilde Fayad, no qual eram disponibilizados técnicos, entre eles: médicos, psicólogos, assistentes socias, entre outros; além da infra-estrutura necessária para o atendimento, tais como farmácia, exames laboratoriais, sala de reuniões, equipamentos e outros. No ano de 2000, ainda, é oficialmente formalizada essa parceria, com a assinatura de convênio entre a ABVR e a Prefeitura Municipal de Bagé. Durante o período, cresce a procura, de pacientes e familiares, pelo serviço. A instituição passa também a editar um jornal com o tema dependência química, apoiado pela iniciativa privada e entidades da comunidade, para que a população tivesse conhecimento do assunto e soubesse quando e onde procurar ajuda. O periódico teve distribuição dirigida e também gratuita à população em geral. O número de exemplares distribuídos chegava a 10 mil unidades, por edição.
Ano de 2001
– Com o aumento da demanda, a ABVR, passa a administrar, gerenciar e monitorar os casos atendidos, de forma integral, usando também o auditório do PAM I (térreo do INSS). Novos profissionais e técnicos integram-se à instituição. Inicia-se um projeto de sensibilização da comunidade sobre o tema “dependência química”. Segmentos diversos são convidados a participar: sindicatos, universidade, escolas públicas e privadas, grupos de auto-ajuda, empresas privadas, órgãos públicos, hospitais, justiça, imprensa e outros. O projeto começa a ampliar a sua atuação e a ganhar adeptos na comunidade. Ainda em 2001, o “projeto renascer”, passa a ganhar forma científica, com a capacitação de seus profissionais em centros de excelência na prevenção e tratamento de dependências químicas. Os mesmos participam de cursos no Hospital Mãe de Deus em Porto Alegre, referência em ensino, pesquisa e tratamento na área de dependência química, na América Latina. Novas e apropriadas técnicas e abordagens médicas e psicológicas, são introduzidas - pela primeira vez - em Bagé, pela ABVR, no tratamento de pacientes envolvidos com álcool e outras drogas. A instituição passa a utilizar a ciência baseada em evidências (o que foi pesquisado, testado, aprovado e publicado na área de dependência química), aliada ao know-how (avanços técnicos, culturais e científicos) e a experiência de seus técnicos e profissionais. A instituição forma então o “Centro de Estudos e Informações” do projeto renascer, com o objetivo de atualização científica, troca de experiências entre os profissionais e disseminação de conhecimentos. Bagé passa então a ter um serviço de referência em dependência química. Pacientes são encaminhados para tratamento na ABVR pelos postos públicos de saúde, juizado e promotoria da infância e juventude, programas de saúde (como o PSF), grupos de auto-ajuda (AA / AL-ANON / NA / Amor Exigente), órgãos da segurança (brigada militar, corpo de bombeiros), órgãos públicos em geral, empresas públicas e privadas, sindicatos, clínicas médicas e outros. Ainda no mesmo ano, a ABVR, concorre a um prêmio nacional, na categoria: “ Organização de Serviços de Tratamento”, durante o XIV Congresso Brasileiro sobre Alcoolismo, Tabagismo e outras Dependências, realizado, naquele ano, no Hotel Serrano da cidade de Gramado/RS. Sua participação no evento foi aprovada pela comissão científica do congresso brasileiro e seu trabalho analisado - para apresentação - pessoalmente pelo presidente da comissão, cientista e pesquisador da universidade do Texas, Dr. Raul Caetano. A partir daí, a ABVR, começa a receber de todo o Brasil, pedidos de informações sobre o seu trabalho na área da dependência química. No mesmo ano, o CEBRID (centro brasileiro de informações sobre drogas psicotrópicas), da escola paulista de medicina - Universidade Federal de São Paulo, divulga - em seu boletim mensal - informações sobre o trabalho da ABVR, em Bagé. Todo esse trabalho realizado pela ABVR começa a surtir efeito na comunidade com a plena recuperação de seus pacientes a familiares. A reabilitação de vidas/existências e a reconstrução de famílias, era a palavra de ordem na instituição, liderada pelo consultor em dependência química, Ivo pereira, fundador da instituição.
Ano de 2002
– Profissionais da instituição continuam seus cursos de capacitação e atualização em dependência química, para prestar à comunidade de Bagé, um serviço ainda mais qualificado. Além do Hospital Mãe de Deus de Porto Alegre, os cursos também passam a ser realizados na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul – PUC/RS. Todo o conhecimento e atualização são divididos, pela equipe da ABVR, com os diversos segmentos da comunidade. A sensibilização e a formação de multiplicadores na prevenção às drogas, passam a ter prioridade no ano de 2002. A ABVR, também, traz de volta, o “Conselho Municipal de Entorpecentes de Bagé – COMENBA”, há muitos anos, desativado. Analisa a sua lei de criação e a renova, encaminhando ao prefeito municipal de Bagé, Luiz Fernando Mainardi, que a encaminha à aprovação da Câmara Municipal de Vereadores de Bagé, e a sanciona, após a respectiva aprovação do legislativo. A ABVR reúne as principais representações públicas e privadas da comunidade, recebendo de cada uma delas a nomeação dos seus representantes para formação do conselho. A nominata dos conselheiros, pronta, é entregue à secretaria de governo do município. Durante o mesmo ano, a ABVR representa Bagé no I Forum Macrorregional CONEN/COMENs, realizado na cidade de Tramandaí/RS, tendo como organizador o Conselho Estadual de Entorpecentes do Rio Grande do Sul – CONEN/RS. Nessa mesma participação, a ABVR, venceu a disputa em Tramandaí/RS e trouxe para Bagé o II Fórum, que teve a participação de representantes de 40 municípios do estado. Em 2002, ainda dando continuidade à área de tratamento, é intensificado o trabalho com adolescentes, na sua maioria, encaminhados pelo Ministério Público - através da promotoria da infância e juventude de Bagé.
Ano de 2003
– A instituição volta a atender, integralmente, nas dependências de um posto público municipal de saúde, no PAM I, térreo do prédio do INSS, através de novo convênio com a secretaria municipal da saúde de Bagé. Aumenta a procura dos serviços pela população. O número de internações hospitalares, para tratamento de dependências químicas, cresce, tanto na santa casa de caridade de Bagé, como também no hospital universitário; sempre com os pacientes da ABVR recebendo total atenção, através de uma monitoria especializada, que os acompanhava durante toda a movimentação: pré, durante e pós-internação. Seus familiares também têm apoio e atenção especial. Todo esse cuidado por parte da ABVR, para com seus pacientes e familiares, reverte em continuidade no tratamento ambulatorial, após a desintoxicação hospitalar, aumentando assim a efetividade dos pacientes no tratamento. A ABVR facilita, ao máximo para que os pacientes nunca desistam e possam, dessa forma, serem recuperados. Em novembro de 2003, o governo do estado do Rio Grande do Sul, lança um programa de saúde para tratamento ambulatorial em álcool, drogas e depressão, denominado “programa cuca legal”. Bagé é contemplada com o programa e a ABVR é convidada pelo governo do estado para apresentar seu projeto aos representantes das 19 (dezenove) coordenadorias regionais de saúde. O evento acontece no auditório “Fernando Ferrari”, do centro administrativo do estado. O consultor em dependência química, e, diretor superintendente da ABVR, Ivo Pereira, apresenta o “projeto renascer”, então, em Porto Alegre. No dia seguinte o Jornal Minuano estampa em suas páginas: “Associação Renascer é Destaque Estadual na Saúde - experiência de Bagé é exemplo para coordenadorias regionais”.
Ano de 2004
– O município de Bagé, através da secretaria municipal da saúde, adere ao “programa cuca legal”, do estado e firma convênio com a ABVR (com a respectiva aprovação da Câmara de Vereadores), que passa a cuidar da área de dependência química, oficialmente, no município. Como serviço de referência em dependência química, no município de Bagé, a ABVR, absorve toda a demanda nessa área. Durante o ano são realizados mais de 8 (oito) mil atendimentos e encaminhamentos e o número dos que aderiram ao sistema da ABVR, chega a 1.200 pacientes. Durante o ano, a ABVR, realizou também a capacitação - em dependência química - dos técnicos do programa saúde da família ( PSF ), em postos de saúde de Bagé. A oferta de tratamento para o tabagismo também passa a ser disponibilizada pela instituição. Ainda em 2004, a ABVR investe na reintegração social de seus pacientes, com projetos específicos. O PAPSD - Programa de Apoio ao Paciente em Situação de Desemprego, é lançado. Sua finalidade, além de reintegrar os pacientes à sociedade, também é prevenir às recaídas, desses mesmos pacientes. Com compromissos líquidos e certos com a população de Bagé, a ABVR é pega de surpresa pela má gestão do governo do estado do Rio Grande do Sul, que passa a não pagar o programa criado pelo próprio estado. Verbas começam a atrasar e aos poucos deixam de ser repassadas à prefeitura de Bagé, que por sua vez também prejudica o atendimento e os compromissos assumidos pela ABVR, junto à população de Bagé, pois quando os poucos recursos chegam do estado, a secretaria municipal de saúde não repassa logo à ABVR, atrasando de forma irresponsável e gerando assim, uma má parceria entre o município e a ABVR, que tem seu trabalho prejudicado tanto pelo estado, como pela própria prefeitura de Bagé. Em meio à crise, nova missão é confiada à ABVR - que não se nega a colaborar - pela coordenadora de políticas públicas de saúde do município de Bagé: revisar e reorganizar o projeto terapêutico e apresentar o nome dos técnicos para formar a equipe do CAPS AD (centro de atendimento psicossocial em álcool e drogas), projeto do governo federal. Rapidez é solicitada à ABVR, para que Bagé não perca o prazo e os recursos financeiros, que seriam disponibilizados pelo ministério da saúde. Em 48 horas (solicitado sexta e entregue na segunda-feira) a ABVR apronta todo o trabalho solicitado pela secretaria de saúde de Bagé, que o encaminha ao governo federal. Bagé ganha o CAPS AD, que hoje funciona na Av. Gal. Osório, 352. Nova crise começa a ser proporcionada pela secretaria da saúde de Bagé, que agora, com o CAPS AD, vê na ABVR, uma concorrente. Começa uma campanha, no início, silenciosa, cortando aos poucos o apoio do município, para com a entidade, e a seguir gerando uma falsa notícia no Jornal Minuano, de que a ABVR, estaria fechando as suas portas. A falsa notícia não teve o resultado esperado pela secretaria de saúde do município, que só conseguiu a indignação de diretores, simpatizantes e colaboradores da ABVR. A direção da ABVR decide não processar o Jornal Minuano, por entender que o mesmo também foi vítima da secretaria municipal da saúde, e, levando principalmente, em consideração, todo o apoio que o jornal sempre dedicou a ABVR, desde a fundação da ONG.
Ano de 2005
– A ABVR, mantêm o atendimento e o monitoramento de seus pacientes e começa a sustentar os prejuízos proporcionados pelo estado e pelo município, obrigando-se a montar um sistema de telemarketing, para captar recursos financeiros à manutenção básica das suas atividades. Novamente a comunidade de Bagé é mobilizada e apóia mais uma iniciativa da ABVR. As relações com os administradores municipais da saúde pioram e a direção da ABVR, corta as relações, deixando de ter qualquer vínculo que pudesse, mais uma vez, prejudicar a instituição. A ONG deixa de atender no PAM I, principalmente, pelas “manobras”, dos gestores municipais da saúde. Para completar o quadro caótico, o município de Bagé é inscrito no CADIM (cadastro de inadimplentes) e passa a não receber verbas do estado. A ABVR, já extremamente prejudicada, deixa de receber quaisquer recursos por 8 (oito), longos meses, mas continua seu trabalho, pois o compromisso com os pacientes é algo “inegociável”.
Ano de 2006
– Para manter suas atividades a ABVR é obrigada a procurar apoio também em outras cidades. Pelotas é a primeira cidade escolhida para um plano de expansão. Em março de 2006, a ABVR, inaugura a sua sede na cidade de Pelotas e leva o seu trabalho, então, à região sul do estado. Alguns projetos são, imediatamente, executados. O primeiro, dirigido a 18 (dezoito) sindicatos de empregados - dos 34 (trinta e quatro) existentes no município de Pelotas - teve a proposta de disseminar conhecimentos sobre dependência química aos associados desses mesmos sindicatos e oferecer o trabalho da ABVR, para avaliação e encaminhamento dos associados e familiares, que sentissem necessidade do serviço na área de dependência química. O segundo projeto foi apoiar o Ministério Público Estadual, representado pela promotoria da infância e juventude de Pelotas, na mediação, para uma solução definitiva de um problema já crônico no município, e, sem solução, já há quase 9 anos, gerador aos cofres do município de uma dívida - oriunda de uma condenação da própria justiça - que já chegava a quase 8 (oito) milhões de reais, a polêmica: “casa do resgate”, abrigo e centro de tratamento para adolescentes, envolvidos com drogas, em conflito ou não com a lei, administrada pela secretaria de cidadania de Pelotas. Em reunião com o promotor da infância e juventude da comarca de Pelotas, Dr. José Olavo Passos, ficou definido que a ABVR faria uma avaliação da “casa do resgate”, que funcionava na granja municipal de Pelotas, o que foi realizado. Logo após a avaliação do local, foi apresentado no auditório do ministério público o relatório e um esboço de como deveria funcionar um projeto terapêutico que viesse de encontro às necessidades dos adolescentes. O trabalho foi apresentado ao promotor, Dr. José Olavo, à secretária de cidadania do município, Sra. Diosma Nunes, e a sua equipe de assessoras. Na época, inclusive, foi solicitada à ABVR, a apresentação de uma proposta para que a instituição bageense administrasse o abrigo e o centro de tratamento. Depois de várias tratativas, que duraram mais de 6 (seis) meses, acabou não acontecendo o convênio de terceirização da “casa do resgate”, pela ABVR. Porém, a instituição colaborou exaustivamente para a solução do problema, e, finalmente, no dia 22 de setembro de 2008, acabou vendo inaugurada, na praia do laranjal, em Pelotas, a “nova casa do resgate”, administrada pelo próprio município. A ABVR, lutou, durante 2 (dois) longos anos para que fosse concretizado mais esse projeto, que beneficia muitas pessoas, tanto adolescentes em risco social, como também seus familiares, naquela cidade. A ABVR, nesse período, vinculou-se ao Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - COMDICA e ao Conselho Municipal de Cidadania e Ação Social, ambos da cidade de Pelotas/RS.
Ano de 2007
– Ainda atendendo pacientes e familiares na cidade de Bagé, embora em menor número (devido às dificuldades financeiras impostas a ABVR, pelo poder público municipal, com o não cumprimento integral do pagamento de convênio) o trabalho, continuou, desta vez, contemplando outra cidade do estado. Na seqüência do plano de expansão das atividades, a instituição direcionou-se à cidade de São Gabriel, “a terra dos marechais”, na região Sudoeste do estado, que passou a receber toda a experiência da entidade de Bagé, na área da dependência química. É proposto então, inicialmente, naquela cidade, pela ABVR, um “congresso regional sobre dependência química”, com a parceria e a produção técnica do evento sob a coordenação da Fundação Universidade Federal de Rio Grande – FURG, ocasião em que foram visitadas todas as entidades representativas da comunidade gabrielense, assim como instituições de tratamento e diversos profissionais da saúde, com o objetivo de disseminar conhecimentos e propiciar debates, sobre as questões da comunidade, ligadas ao álcool e outras drogas. O trabalho se estendeu por 6 (seis) meses, de julho a dezembro de 2007, mobilizando toda a comunidade.
Ano de 2008
– A ABVR, vê o seu trabalho em Pelotas realizado com sucesso e participa da inauguração da nova “casa do resgate”, no dia 22 de setembro. Após 9 (nove) anos, graças a intervenção decisiva da ABVR, a casa do resgate volta a funcionar na “princesa do sul”, desta vez, capacitada tecnicamente, para acolher jovens de 11 a 18 anos em risco social e também usuários de drogas, na sua maioria, já morando nas ruas e em conflito com a lei. A casa do resgate é o primeiro local no Brasil, com o objetivo supra citado, amparado, legalmente, pelo estatuto da criança e do adolescente – ECA, o que poderá abrir precedente para outros projetos na área, para o restante do país. Ainda em 2008, a superintendência da ABVR apresenta à promotoria da infância e juventude de Pelotas, novo projeto: a “Rede Pelotas Antidrogas”. O projeto é entregue ao promotor Dr. José Olavo dos Passos, durante a inauguração da casa do resgate.

Ano de 2009/2010
– Dois anos dedicados à reorganização operacional da instituição. Alguns projetos novos entram na fase de implantação, entre eles os projetos: “Repensando a ABVR”, tendo como objetivo preparar a instituição para os próximos 10 anos; e, na área operacional: “Nossos Pacientes”, projeto inédito, onde todos os pacientes atendidos pela ABVR, nos seus 12 anos de atividades, serão contatados com a finalidade de revisão. Veja acima, neste blog, a listagem completa dos projetos.

Ano de 2011
- O projeto "Nossos pacientes", começa a ser executado.